" Quando me ponho a compor frases e rimas, não sou mais eu a pensar, mas a Alma de Poeta que cisma em fazer giros no ar..."


domingo, 25 de dezembro de 2011

Reflexões de fim de ano

Chegamos ao fim de mais um ano.
Tempo de reflexão. Tempo de renovação. Tempo de despertar espiritual.
Daqui a poucos dias um novo ano começa, novos dias com novas oportunidades.
Oportunidade de fazer planos, criar coisas novas.
De refazer projetos, de concluir etapas, de reciclar sentimentos.
Tempo de perdoar aos outros e a si  mesmo.
De abrir as janelas da mente e declarar: viver vale a plena! Sim, muitas vezes fica difícil, sim, às vezes fica insuportável. Mas tem tanta coisa boa!
Nossa vida renasce todos os dias, Nossa consciência de filhos de Deus nos dá a certeza de que não estamos sozinhos. Nos descobrimos um com o Criador de todas as coisas e, em consequência, um com todas as criaturas.
Muito obrigado.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Muito obrigado, Senhor


trovas



Oração

Por quem tanto me quer bem,
 envio a Deus uma prece.
 Quem ora, oferta o que tem,
 a quem tanto amor merece.


Silêncio

Faço silêncio e reflito
em todas vozes do mundo.
Calo a minha, que bonito,
emerge o Eu mais profundo!
Bel Plá

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

poesia

É pura música e poesia...
No topo do mundo contemplo a obra do Criador.
Minha alma se rejubila com tamanha diversidade de tons,
sabores, acordes, fragrâncias...
tantos sentires e tantos amores.
Bailo, ao vento,
jogo meus sonhos, contemplo.
Mergulho na imensidão do vazio tão cheio de Vida.
Não sou mais só eu,
sou todas, sou uma,
sou a reunião de todas as criaturas,
tão simples, tão plena, tão eu.
Dispo as camuflagens e revelo o Ser.

Bel

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

às pessoas amigas...


CIRANDA DA PAZ \\O//\\O//


Amigos, o ano de 2012 está abrindo suas portas e nos convidando a conhecê-lo. Convido a todos para adentrarmos o Novo Ano de mãos dadas, vivenciando a paz em cada um dos dias que ora se anunciam.

De mãos dadas com os irmãos,
Muito amor no coração,
O dom da vida agradeço
Ao Senhor da Criação.
Espalhando boas novas,
Refletimos na missão.

Mesmo que a nuvem da dor
Nos abafe com seu manto,
Perseveramos na fé
E enxugamos nosso pranto.
A Vida traz o conforto,
Basta sentir seu encanto.

Quero a todos desejar
Um ano cheio de paz.
Reflitamos na mensagem
Que esta data ora nos traz.
Se vivenciarmos o Amor,
A paz a gente é que faz!
Bel Plá

domingo, 4 de dezembro de 2011

Mensagem de Natal

Uma dádiva de cura para a humanidade


MUSICAL RAPTURE A Healing Gift for Humanity 
(compartilhado da amiga terapeuta Stellinha)
A frequência desta música celestial se comunica com a Inteligência Divina do corpo a um nível celular, elevando a consciência de cada célula. Enquanto a música acalma e conforta as células, a habilidade natural de se curar é intensificada.
Esta música sagrada é compatível e funciona em harmonia com cada modalidade de cura ou tratamento médico que uma pessoa optar por experenciar. A música ressoa como uma bênção adicional para todos que estejam lidando com alguma forma de câncer.
Está música é uma dádiva do Alto e nun ca deverá ser comprada ou vendida. Por favor, compartilhem esta informação com todos que sentirem que possam se beneficiar com esta dádiva sagrada da Música Celestial. (João Cota-Robles)
site: www.eraofpeace.org

O vídeo se encontra no rodapé desta página, junto aos outros vídeos (o espaço não é compatível com este espaço)


quarta-feira, 30 de novembro de 2011

lenda de natal

 
A LENDA DAS VELAS DE NATAL

Uma lenda antiga, austríaca, nos fala de um
pobre sapateiro que vivia na encruzilhada de
um caminho, nos arrebaldes de uma cidade.

Pensando em ajudar os viajantes que à noite
passavam por ali, mantinha, na janela de sua
casa, uma vela acesa todas as noites.

Vivia só, mas se sentia como
a criatura mais feliz daquele lugar.

Veio uma grande guerra e os jovens tiveram
que partir para o campo de luta.

Sem braços fortes para o trabalho, a cidade
foi ficando cada vez mais pobre.

Mesmo assim, lá estava a velinha do sapateiro
todas as noites.

- Quem sabe, pensavam, é aquela velinha acesa,
o segredo da felicidade desse homem.

Resolveram, então, imitá-lo.
Todos acenderam naquela noite a sua vela.

Era véspera de Natal, e, em todas as casas,
havia uma vela acesa na janela.

À meia-noite, os sinos das igrejas começaram a
tocar, anunciando a boa notícia:
a guerra terminara!

- Um milagre! diziam todos.

É o milagre das velas acesas!

Assim, todos os anos acendiam velas na
véspera de Natal...

E o costume se espalhou...

E se me tivessem aprisionado todas as palavras?

Eu aproveitaria esse tempo de reclusão, em que teria uma intimidade forçada com as palavras aprisionadoras e as estudaria profundamente a fim de entender sua dinâmica e poder utilizá-las em uma trama e construir um novo romance, em que revelaria uma face de mim que eu ainda desconhecia, o que seria deveras libertador.
Bel

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

A alma...


               A alma da Mulher que Escreveu a Bíblia.
              


Setecentas eram as esposas.
Uma só, a feia,
trazia estampado na cara o dom da redenção
de todas as mulheres.
Um talento,
o dom de decifrar signos,
a retiravam da clausura
da ignorância.
A feiúra,
mais que um defeito,
era seu trunfo.
Por detrás dos muros de Jerusalém,
uma mulher contou uma história
vivida por muitos,
e fez sua estória,
galgou degraus
reservados a poucos.
Todas as riquezas do rei Salomão
foram postas a seus pés.
Triunfante,
escolheu a liberdade,
o caminho do amor verdadeiro,
ou apenas uma caverna
e muita sacanagem.

Bel Plá

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Me dá a mão...


Me dá a mão, vamos sair pra ver o sol!

Eu tava triste
Tristinho!
Mais sem graça
Que a top-model magrela
Na passarela
Eu tava só
Sozinho!
Mais solitário
Que um paulistano
Que um canastrão
Na hora que cai o pano
Tava mais bôbo
Que banda de rock
Que um palhaço
Do circo Vostok...
Mas ontem
Eu recebi um Telegrama
Era você de Aracaju
Ou do Alabama
Dizendo:
Nêgo sinta-se feliz
Porque no mundo
Tem alguém que diz:
Que muito te ama!
Que tanto te ama!
Que muito muito te ama,
que tanto te ama!...
Por isso hoje eu acordei
Com uma vontade danada
De mandar flores ao delegado
De bater na porta do vizinho
E desejar bom dia
De beijar o português
Da padaria...
(Telegrama- Zeca Baleiro)


terça-feira, 15 de novembro de 2011

Essência da poesia

"De que é feita a poesia? De alguma substância imaterial e indefinível que nos arrebata , vem de um universo onde muitas palavras audíveis ainda nem foram criadas, e nos expõe de uma forma que é impossível controlar, ganha forma, e meio que se desvirtua, de tão inadaptável que é, cria laços, rompe barreiras, de tão intensa que é, a poesia é o amor manifestado em versos, num pulsar tão fremente como um coração apaixonado e ao mesmo tempo tão calmo como é o som da nossa alma quando está em paz." Bel

domingo, 13 de novembro de 2011

Saudade




Como um vulto no escuro,
ela chega em silêncio,
tranquila, como se não fosse
triste...
sedosa, como se não fosse
fria...
Tal qual uma mulher,
ela chega de repente,
manhosa...
cheirosa...
como se não fosse áspera.
Imitando os acordes de um violino,
o esplendor das flores,
a maciez das plumas...
ela chega palpitante,
sussurrante...
como se ouvi-la,
vê-la,
e senti-la,
nâo provocasse espanto.
Ela chega com a ternura das crianças,
sorrindo,
acariciando,
beijando...
e quem está sozinho,
recebe-a,
como se esta vinda
não provocasse dores.
Bel

sábado, 12 de novembro de 2011

poesia da minha infância


Leilão de jardim
Cecilia Meireles

Quem me compra um jardim
com flores?

borboletas de muitas
cores,

lavadeiras e
passarinhos,

ovos verdes e azuis
nos ninhos?

Quem me compra este
caracol?

Quem me compra um raio
de sol?

Um lagarto entre o muro
e a hera,

Uma estátua da
Primavera?

Quem me compra este
formigueiro?

E este sapo que é
jardineiro?

E a cigarra e a sua
canção?

E o grilinho dentro
do chão?

(Este é o meu leilão!)

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

No fundo dos teus olhos...

"Ela ficava lendo as poesias e imaginava como seria esse homem que escrevia tantas coisas lindas sobre o amor, sobre a mulher, fazia dele a imagem de um príncipe, com toda a delicadeza que um homem apaixonado pode ter por sua amada. Delicado, dedicado e romântico. Lhe traria rosas todos os dias, todos os homens apaixonados trazem rosas, andaria num cavalo branco, pois o cavalo dos enamorados é se...mpre branco e tem rédeas decoradas com fios de ouro. E falaria macio, como todos os príncipes dos contos de fadas falam. E a chamaria de princesa, mas ele certamente não existiria. Pois os príncipes só existem dentro dos livros de contos de fadas, não são como gente, não comem, não arrotam, e não precisam dormir nunca. Eles só dormem quando a gente fecha o livro. Por isso ela mantinha sempre um livro aberto, com alguma leitura em curso. Para dar vida àqueles personagens vindos do mundo dos sonhos, mantê-los acordados e ocupados em lhe trazer colorido aos pensamentos, esperança à alma ainda debutante no baile dos relacionamentos amorosos."
Bel Plá- livro "No Fundo dos Teus Olhos"

sábado, 5 de novembro de 2011

A função da arte/1


"Diego não conhecia o mar. O pai, Santiago Kovadloff, levou-o para que
descobrisse o mar. Viajaram para o Sul. Ele, o mar, estava do outro lado das dunas
altas, esperando.
Quando o menino e o pai enfim alcançaram aquelas alturas de areia,
depois de muito caminhar, o mar estava na frente de seus olhos. E foi tanta a
imensidão do mar, e tanto seu fulgor, que o menino ficou mudo de beleza.
E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao
pai: — Me ajuda a olhar!"
Eduardo Galeano "Livro dos Abraços"

domingo, 30 de outubro de 2011

"Livros são eternos e o ato de ler, um ritual (29 de outubro, DIA NACIONAL DO LIVRO

      "Li em um artigo que Saramago era do tempo do livro, do papel, dizia que uma pessoa pode deixar cair uma lágrima sobre um livro, mas é mais difícil lágrimas rolarem sobre um computador. Partilho do mesmo sentimento, frequentemente me vejo envolvida lendo escritos no mundo virtual, me emociono, me alegro, e até derramo lágrimas, mas nada substitui o... ato de ler um livro.
       Apesar da expansão dos e-books, livrarias e bibliotecas serão sempre espaços consagrados para a difusão da cultura. Quem já viajou por entre estantes de uma biblioteca, deslizou os dedos por entre os tomos, tomou contato com as texturas e deliciou-se em tirar lasquinhas dos conteúdos a uma primeira espiadela nas orelhas, tem a certeza que livros não deixarão de ser editados.
       O livro tem uma magia que o pc não tem, existe um ritual próprio no ato de ler, que envolve todos os sentidos. Ritual este que não tem regras, e é único para cada leitor. A magia se completa no instante em que suas páginas são abertas e seu interior é explorado. A leitura faz a luz vencer as trevas e dá ao nosso pensamento as asas da liberdade. Os livros nos levam a muitos mundos e diferentes emoções...
       Para mim, computador é para escrever e para pesquisar, conhecer, se comunicar com as pessoas, encurta tempo e distância, e já não me imagino sem esta ferramenta poderosíssima, mas um caso de amor, só com o livro mesmo, não acredito que vá se achar um substituto para o termo 'folhear' ".

sábado, 29 de outubro de 2011

O mundo

Um homem da adeia de Neguá, no litoral da Colômbia, conseguiu subir ao céus.
Quando voltou, contou. Disse que tinha contemplado, lá do alto, a vida humana. E disse que somos um mar de fogueirinhas.
- O mundo é isso - revelou.- Um montão de gente, um mar de fogueirinhas.
Cada pessoa brilha com luz própria entre todas as outras. Não existem duas fogueiras iguais. Existem fogueiras grandes e ......fogueiras pequenas e fogueiras de todas as cores. Existe gente de fogo sereno, que nem percebe o vento,e gente de fogo louco, que enche o ar de chispas. Alguns fogos, fogos bobos, não alumiam nem queimam; mas outros incendeiam a vida com tamanha vontade que é impossível olhar para eles sem pestanejar, e quem chegar perto pega fogo.
Eduardo Galeano - O livro dos Abraços

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

"Ora, direis, ouvir estrelas...
Certo... perdeste o senso."
(Olavo Bilac)


Via Láctea

"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto...

E conversamos toda a noite, enquanto
A Via Láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.

Direis agora: "Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?"

E eu vos direi: "Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e entender estrelas"
        Olavo Bilac

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

DIA DO POETA- 20 de outubro

Foi ontem, mas o Blogger não me deixou postar. 
Uma homenagem a todos os operários das letras, que, com inspiração e trabalho dedicado, traduzem em palavras o que passa despercebido pela maioria dos mortais. 

POETA, NÃO DÁ FOLGA À TUA PENA!

PALAVRA
Palavra.
Quero o dom da palavra,
falar frases sem nexo,
construir orações incoordenadas,
descoordenadas,
perplexas...
A perplexidade
me assusta
e me anima.
Nela me escondo,
e escondo
meu temor
de não saber falar,
de não construir
frases
desconexas...
Frases
destituídas de sentido,
pobres de ritmo,
afogadas
num rio de sílabas...
desorientadas e frágeis.;
Meus lábios
as compõem,
as expiram.
Minha garganta
as liberta,
lentamente,
desconexamente,
deliradamente.
E meus dentes
se cerram
e se trincam,
e elas fogem,
por entre os dentes,
e se dilatam.
Sons nasais,
sons bilabiais,
sons guturais...
Fonemas.
Eu os construo,
e os expugno.
Delicadamente,
honestamente,
eu proclamo a minha fraqueza,
a minha singeleza,
a minha falta de jeito,
em construir
palavras.
Falo em amor,
e roma,
e mora,
e omar,
e ramo...
Sou minha pena,
e meu fonema,
é pálido,
é pacato,
não tem matizes,
é só um fonema...
humano...
  Bel Plá

poesia


Sonhando com as estrelas

Eu olhava...
parecia que sorriam.
Parecia?
elas brilhavam
e em sonho me contavam
coisas que eu já ouvi,
mas parece que me esqueci.
Eu olhava...
e meus olhos, marejados,
delas não desgrudavam,
era verdade,
elas sorriam.
Não era sonho,
era até dia!...
Eu sabia
que elas existiam,
eu sonhava
e elas me diziam:
Acredita!
Sonha
e o teu sonho
se realiza.
Eu olhava...
e escutava,
e elas me falavam
coisas de um tempo
em que a gente
era pura poesia.

Bel Plá

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Cientifìcamente provado como melhorar a Vida com Prosperidade

por Doriana Tamburini.
DNA E AS EMOÇÕES
Experiências e respostas do DNA em relação às nossas emoções
Por Gregg Braden


A seguir, três assombrosos experimentos com o DNA (ADN) que provam as qualidades e sua autocura em consonância com os sentimentos da pessoa.

EXPERIMENTO 1
O primeiro experimento foi realizado pelo Dr. Vladimir Poponin, um biólogo quântico.
Nessa experiência começou-se por esvaziar um recipiente (quer dizer que se criou um vazio em seu interior) e o único elemento deixado dentro foram fótons (partículas de luz). Foi medida a distribuição desses fótons e descobriu-se que estavam distribuídos aleatoriamente dentro desse recipiente. Esse era o resultado esperado.
Então, foi colocada, dentro do recipiente, uma amostra de DNA e a localização dos fótons foi medida novamente. Desta vez os fótons haviam se organizado em linha com o DNA.
Em outras palavras, o DNA físico produziu um efeito não-físico nos fótons. Depois disso a amostra de DNA foi removida do recipiente e a distribuição dos fótons foi medida novamente. Os fótons permaneceram ordenados e alinhados onde havia estado o DNA.
A que estão conectadas as partículas de luz? Gregg Braden diz que estamos impelidos a aceitar a possibilidade de que exista um NOVO campo de energia e que o DNA está se comunicando com os fótons por meio desse campo.

EXPERIMENTO 2
Este experimento foi levado a cabo pelos militares.
Foram recolhidas amostras de leucócitos (células sanguíneas brancas) de um número de
doadores. Essas amostras foram colocadas em um local equipado com um aparelho de medição das mudanças elétricas.
Nessa experiência o doador era colocado em um local e submetido a "estímulos emocionais" provenientes de videoclipes que geravam emoções ao doador. O DNA era colocado em um lugar diferente de onde se encontrava o doador, mas no mesmo edifício.
Ambos, doador e seu DNA, eram monitorados e quando o doador mostrava seus altos e baixos emocionais (medidos em ondas elétricas) o DNA expressava respostas idênticas e ao mesmo tempo. Não houve lapso e retardo de tempo de transmissão. Os altos e baixos do DNA coincidiram exatamente com os altos e baixos do doador.
Os militares queriam saber o quão distantes podiam ser separados o doador e seu DNA e continuarem observando este efeito. Pararam de experimentar quando a separação atingiu 80 quilômetros entre o DNA e seu doador e continuaram tendo o mesmo resultado. Sem lapso e sem retardo de transmissão. O DNA e o doador tiveram as mesmas respostas ao mesmo tempo.
Que significa isso? Gregg Braden diz que as células vivas se reconhecem por uma forma de energia não reconhecida anteriormente. Essa energia não é afetada pela distância e nem pelo tempo. Essa não é uma forma de energia localizada, uma energia que existe em todas as partes e todo o tempo.

EXPERIMENTO 3
O terceiro experimento foi realizado pelo Instituto Heart Math e o documento que lhe dá suporte tem este título: "Efeitos locais e não locais de freqüências coerentes do coração e alterações na conformação do DNA" (não se fixem no título, a informação é incrível!) Esse experimento relaciona-se diretamente com a situação com o antrax.
Nesse experimento tomou-se o DNA de placenta humana (a forma mais próxima de DNA) e colocou-se em um recipiente onde se podia medir suas alterações. 28 amostras foram distribuídas em tubos de ensaio, ao mesmo número de pesquisadores previamente treinados. Cada pesquisador havia sido treinado a gerar e sentir sentimentos, e cada um deles podia ter fortes emoções.
O que se descobriu foi que o DNA mudou de forma de acordo com os sentimentos
dos pesquisadores.
Quando os pesquisadores sentiram gratidão, amor e apreço, o DNA respondeu relaxando-se e seus filamentos esticando-se. O DNA tornou-se mais grosso.
Quando os pesquisadores sentiram raiva, medo ou stress, o DNA respondeu apertando-se. Tornou-se mais curto e apagou muitos códigos. Você há se sentiu alguma vez "descarregado" por emoções negativas? Agora já sabe por que seu corpo também se descarrega!
Os códigos de DNA conectaram-se novamente quando os pesquisadores tiveram sentimentos de amor, alegria, gratidão e apreço.
Essa experiência foi aplicada posteriormente a pacientes com HIV positivo. Descobriram que os sentimentos de amor, gratidão e apreço criaram respostas de imunidade 300.000 vezes maiores que as que tiveram sem eles. Assim, temos aqui uma resposta que nos pode auxiliar a permanecer com saúde, sem importar quão daninho seja o vírus ou a bactéria que esteja flutuando ao redor: mantendo-se os sentimentos de alegria, amor, gratidão e apreço.
Essas alterações emocionais foram mais além de seus efeitos eletromagnéticos. Os indivíduos treinados para sentir amor profundo foram capazes de mudar a forma de seu DNA.
Gregg Braden diz que isso ilustra uma nova forma de energia que conecta toda a criação. Essa energia parece ser uma rede estreitamente tecida que conecta toda a matéria. Podemos influenciar essencialmente essa rede de criação por meio de nossas vibrações.

RESUMO
O que tem a ver os resultados dessas experiências com nossa situação presente? Esta é a ciência que faculta escolher uma linha de tempo que nos permite estar a salvo, não importa o que aconteça.
Como Gregg explica em seu livro "O Efeito de Isaías", basicamente, o tempo não é apenas linear (passado, presente e futuro) mas é também profundidade. A profundidade do tempo consiste em todas as linhas de tempo e de oração que possam ser pronunciadas ou que existam. Essencialmente, suas orações já foram respondidas. Simplesmente ativamos a que estamos vivendo por meio de nossossentimentos.
É assim que criamos nossa realidade quando a escolhemos com nossos sentimentos. Esses sentimentos estão ativando a linha do tempo por meio da rede de criação que conecta a energia e a matéria do universo.
Lembre-se de que pela Lei do Universo atraímos aquilo que colocamos em nosso foco. Se você focar em temer qualquer coisa, seja lá o que for, estará enviando uma forte mensagem ao Universo para que lhe envie aquilo que você mais teme. Em troca, se você puder se manter com sentimentos de alegria, amor, apreço ou gratidão e focar-se em trazer mais disso para sua vida, automaticamente conseguirá afastar o negativo.
Com isso, você estaria escolhendo uma linha de tempo diferente com esses sentimentos.
Pode-se prevenir o contágio do antrax ou de qualquer outra gripe ou vírus, ao se permitir sentimentos positivos que mantêm um sistema imunológico extraordinariamente forte. Sendo assim, essa é uma proteção para o que vier.
Busque algo pelo qual você possa estar alegre todos os dias, cada hora se possível, momento a momento, ainda que sejam alguns poucos minutos. Esta é a mais fácil e melhor das proteções que você poderá ter.
Aliás, os mestres de sabedoria de todos os tempos sempre afirmaram isso que se comprova cientificamente hoje.
 
(postado no blog http://somostodosum.ig.com.br/) 

sábado, 27 de agosto de 2011

Existe um lugar...

Existe um lugar...
Onde há beleza até onde a vista alcança...
Onde a paz é uma brincadeira de criança...
Onde Deus plantou sementes de esperança...
Onde os fios do tempo a Vida trança...
Onde nos damos as mãos numa espontânea dança...
Onde nossos pés trilham com confiança...
Onde a gente brinca e nunca se cansa.
Porque essas lembranças são a nossa melhor herança.

domingo, 31 de julho de 2011

Viva!

" O que as vitórias têm de mau é que não são definitivas.
O que as derrotas têm de bom é que também não são definitivas. "
José Saramago


Nos cabe viver pelo próprio ato de viver. Celebrar a vida enquanto estamos estourando os fogos, enquanto estamos peleando, enquanto estamos buscando, enquanto estamos elaborando o resultado de um fracasso, enquanto estamos planejando uma volta por cima... Se vamos ter sucesso no final? Quem disse que existe final? Esta é apenas uma das etapas. Viva!

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Eu, tu e a Poesia

“Estou aqui e estás aí. E existe algo que nos permite caminhar lado a lado. Mesmo estando nós tão distantes, esse algo  que existe em nós, e que encontra eco em algum lugar fantástico, nos permite transcender os limites do sensorial. Encontramo-nos na Poesia. Apoderamo-nos das palavras, que são mais do que caracteres, mas sim signos, representações de um universo  vivo, pulsante. Eu me revelo, tu me traduzes e me devolves  a obra inédita que é o teu sentir. Esta é a mágica da poesia, movimentar a Vida e alcançar o infinito.”

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Que bom que todo dia é dia de abraçar o amigo!

AOS AMIGOS DE TODOS OS DIAS OU DE VEZ EM QUANDO- UM ABRAÇO!

Há algum tempo, recebi por e-mail uma mensagem de uma grande amiga, agradecendo aos amigos pela importância decisiva na sua luta contra o câncer. Esta mensagem continha o vídeo de uma música conhecida de Simon & Garfunkel, “Ponte sobre águas turbulentas”. A letra diz que, mesmo em momentos em que olhamos em volta e não encontramos ninguém, nunca estamos sozinhos. Evocando uma presença misteriosa, nos remete ao  trecho bíblico de Isaías – 41.13: “Porque eu, o Senhor, teu Deus, te tomo pela tua mão direita e te digo: Não temas, que eu te ajudo”. Nos infunde ânimo e traz esperança, a certeza desta presença, que em sentido religioso reconhecemos como Deus, encontra-se comumente personalizada na figura do amigo (ou melhor amigo).
Nas batalhas da vida, a gente luta, até consegue nadar por entre pedras, mas a diferença que essa ponte faz é aquilo que realmente não tem preço. As dificuldades nos lapidam, nos tornam mais fortes, despertam em nós uma coragem muitas vezes desconhecida em épocas de mais tranquilidade. Mas nada supera a segurança emocional de sentir-se amado, amparado, a certeza de “alguém está pensando em mim”.
É bom receber o abraço dos que estão perto, e não podemos nos privar desse benefício. É bom receber visita, principalmente quando uma enfermidade nos impede de sair à rua. Que sossego é entrar para uma consulta médica delicada, sabendo que, ao sair do consultório, haverá alguém nos esperando na sala de espera. Esta minha amiga agradecia aos amigos que estiveram presentes nesse processo e em vários momentos a ampararam literalmente, segurando em seu braço. Mas ela também mostrava-se sinceramente agradecida aos muitos amigos distantes que, graças ao recurso providente da Internet puderam manifestar-lhe seu carinho.
Pesquisas comprovam o poder curativo de se ter amigos, mesmo os virtuais, muitos deles que nunca vimos e talvez nunca veremos, mas que lembram da gente ao receberem uma linda mensagem. O simples ato de encaminhar mensagens que, para algumas pessoas pode significar um tormento, para uma determinada pessoa num determinado momento pode ser o único motivo do dia para sorrir e renovar a esperança.
Receber mensagens encaminhadas não incomoda, (se não tiver tempo, a gente simplesmente não lê e a pessoa nem fica sabendo, e ainda assim fica feliz por ter enviado).Se a gente acha tempo pra responder, ou apenas encaminhar, nem que seja de vez em quando, fica com a alma em paz e ainda pode salvar vidas.
Viva os amigos, viva o sentimento fraterno.
Abraços.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Cheiros mornos da infância.

No centro da cozinha,
aquecida pelas labaredas da lareira
e embalada pelo som das vozes
dos personagens do meu seriado preferido ,
deleitava-me nas águas mornas do velho  bacião.
Mornas como o cuidado da minha mãe...
O tempo passou
e minhas pernas cresceram...
Passei a usar o chuveiro
e a velha bacia de alumínio, desbeiçada,
se foi para a beira do tanque,
a por roupas a quarar.
Aquele cheirinho morno
de espuma e braseiro
vez por outra me assombra...

sábado, 9 de julho de 2011

Lilu, apaixonada pela Vida

Este acróstico eu fiz no fim do ano, o primeiro de uma série para os colegas do CLIPE, quando soube da  notícia que Lilu saiu da UTI e foi para o quarto, fiquei tão feliz , que fui relê-lo e resolvi republicá-lo em homenagem a mais esta vitória. Fazia pouco tempo que tinha começado a conviver com ela e já era isso que ela me passava como marcante em sua aura: sua paixão pela vida e fibra de peleadora.
Lilu, eu te amo, e mais um mundão de gente que já teve a alegria de te conhecer. Muita saúde!

Lilu, palavra doce,
Identifica uma artista.
Guarda na alma
Infinitas paixões,
Arrebata e conquista.

Abraços líricos,
Nos presenteia,
Toca e fascina.
Uma mulher,
Na alma uma menina.
Embaixadora da paz,
Sabe o que quer.

Lutadora e curiosa,
Emoção a flor da pele,
Indecifrável.
Vai sem temor,
Apaixonada pela vida,
Semear o Amor. 

terça-feira, 5 de julho de 2011

poeminha de repente



Sonhando com as estrelas

Eu olhava...
parecia que sorriam.
Parecia?
elas brilhavam
e em sonho me contavam
coisas que eu já ouvi,
mas parece que me esqueci.
Eu olhava...
e meus olhos, marejados,
delas não desgrudavam,
era verdade,
elas sorriam.
Não era sonho,
era até dia!...
Eu sabia
que elas existiam,
eu sonhava
e elas me diziam:
Acredita!
Sonha
e o teu sonho
se realiza.
Eu olhava...
e escutava,
e elas me falavam
coisas de um tempo
em que a gente
era pura poesia.

Bel Plá

( um poeminha de repente para minha amada amiga Eny)

domingo, 12 de junho de 2011

Para tu amor

Meu filho nerd me chama de nerd, eu gosto me mexer nas ferramentas que o meio virtual me dispõe. Há 1 ano e meio, depois da primeira viagem a Dubai, fiz um PPS em homenagem à minha filhotinha, por ter nos proporcionado esta "wonderfull experiencie". De tanto furungar no google, agora consegui reverter este trabalho para um vídeo do youtube.
Ele conta do meu amor, alegria e orgulho da minha Alma Gêmea, que se chama Ana. Meu presente de Dia dos Amados.
Assiste! O vídeo se encontra na parte inferior do blog, junto a outros vídeos.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Este é meu novo E-book.Ele pode ser lido gratuitamente. Basta acessar o link abaixo, que faz parte do meu perfil de autor do Recanto das Letras:

http://www.recantodasletras.com.br/e-livros/2987229


Pode-se escolher fazer download ou imprimir o documento em PDF.


Resenha: Muitas vezes, nos nossos sonhos, encontramos respostas para muitas indagações. É como se abrisse um portal que leva a um universo paralelo. Ao acordar, fica aquela dúvida: será que foi imaginação? Ou aquilo realmente aconteceu?
      Elisa tinha uma vida satisfatória, um casamento equilibrado, uma relação madura e um emprego que lhe dava uma vida confortável e segura. Houve época em que seu espírito idealista esteve ocupado em traçar planos e realizar sonhos fomentados na infância. Mas, com o passar do tempo, seus pés foram se firmando no chão e, mesmo sendo invadida, por vezes, por dúvidas, sabia a fórmula para voltar à estabilidade. 

Então, por que, de repente, o passado voltava, com tanta intensidade, e a incitava a ouvir de novo a voz de seu coração?


Boa leitura! E, se gostar, agradeço por divulgar. 
Abraço da Bel



sexta-feira, 6 de maio de 2011

HOMENAGEM ÀS MÃES

      Maio é o mês dedicado às mães. As mães, a quem não há um só dia em que não dediquemos nosso pensamento e nossa atenção. Mães, esses seres que, por mais que tentemos, não conseguimos definir ou classificar em nenhuma categoria. Porque mãe é indefinível por excelência, dela apenas podemos falar por exemplos, lembrando fatos, descrevendo traços de personalidade, refletindo sobre os reflexos de seus cuidados em nossa vida.

       Mãe, eu te amo. De um amor assim, que não sei explicar, mas sei que ele vem através do meu umbigo. Dizem que o amor das mães é sublime. Eu acredito, mas também sei que não adianta nem tentar questionar por que é assim. Mães geram, mães amamentam, mães velam. Deus deu lágrimas às mães, será que foi uma grande misericórdia, por ser o único ponto de escape desse coração que suporta tudo, que elabora tudo?

       Quando penso na grandiosidade do compromisso que Deus oferendou às mães, sinto-me pequenina em minhas reivindicações pessoais, quedo-me ante à grandiosidade das batalhas que enfrentaste para levar adiante esse sacerdócio que é a maternidade. Não foram só batalhas deste mundo material, aliás, estas não foram poucas. Fraldas(de pano, as originais), cuidados com alimentação e disciplina, noites dedicadas à febre, à espera, à preocupação com a segurança...

       Mas também houve as outras batalhas, as que travaste com teu próprio ser, desistências, resignações, conflitos, sonhos desfeitos ou modificados. A partir do momento em que o primeiro filho chega a um lar, essas palavras tornam-se realidades para cada mulher, a ponto de se fundir à própria personalidade. Tu, como fiel depositária dessa missão dada por Deus, não fugiste à regra, e tiveste que te adaptar a cada nova situação. Saíste vitoriosa, confirmando o dito de que é através dos frutos que se vê a qualidade da árvore.

       Mas o Universo de uma mãe não é feito só de batalhas. Mãe é a primeira amiga, a primeira professora, a primeira enfermeira. Brincamos juntas, rimos juntas, choramos juntas, , contigo aprendi a amar e a cuidar. Partilhamos momentos intensos e inesquecíveis, comemoramos muitas vitórias, construímos uma história.

      Dirigindo-me a ti, louvo a todas as mães, anjos com colos quentes e macios, lugar para onde sentimos vontade de voltar, quando a vida nos parece demasiado complicada. Através de mim, vai o pedido de perdão de cada filho pelo único dia em que o nome de uma mãe não foi glorificado.
Bel Plá

domingo, 1 de maio de 2011

Fazendo literatura

Neste Dia do Trabalhador, um abraço especial aos amigos operários das letras. Aos escritores, poetas, trovadores, músicos, historiadores, contadores de histórias... a estes cidadãos e muitos mais, que, com esforço e senso de compromisso, constroem o futuro da sua família e de seu país. Trabalhar é movimentar a Vida, é dispor da individualidade em benefício do todo.

José Saramago dizia que o processo criativo não tem nada a ver com inspiração, com a angústia da página em branco. Para este mago das palavras, Prêmio Nobel 1998, literatura é trabalho.

Pois, que, literatura é isto, essa fábrica de idéias desvendadas. Uma rica combinação de intenção e suor. Pensa, escreve, pesquisa, copia, cola, deleta... ações cotidianas dos dedicados a revelar o filme que nasce no imaginário em prosa, verso e em seus diversos gêneros.

Nas palavras de uma amiga escritora, literatura é uma eterna provocação. Para alguns, permear um texto com citações é incorrer em plágio, mas o que faz o escritor senão provocar reações, despertar a necessidade de uma réplica, quiçá uma tréplica. Uma obra publicada, intencionalmente ou não, transforma-se em fermento para novas obras, nascidas das mentes de estudiosos, inconformes e admiradores.

Fazer literatura é representar em forma o que lhe vai à alma, e, ao publicar, permitir que o leitor dê sua interpretação, de acordo com o que lhe vai à mente. Nessa "tradução", o leitor cria uma nova obra, inédita, muitas vezes "intraduzível" em palavras, mas riquíssima em sentimento.

Bel Plá

carta

CARTA PARA DEUS

      Pai,
      Me deu uma vontade de falar contigo! Faz muito tempo que a gente não se encontra. Eu sei, a culpa é minha, tu sempre tens tempo para teus filhos. Mas tenho andado tão ocupada! Vai soar como uma desculpa, mas eu não tenho conseguindo achar tempo. Na verdade, eu tentei. Mas não achei as palavras certas. Sempre ouvi que para falar com Deus não precisava usar palavras bonitas, mas em todo lugar que procuro só acho orações com palavras complicadas. Fiquei com medo de não ser entendida.
      Está bem, continuo com evasivas. A verdade é que eu queria mesmo era abrir a alma. São tantas as perguntas que eu queria fazer, até já ensaiei no pensamento. Pensar é mais fácil, né? Mas quando a gente tenta passar para o papel, complica um pouco. Vai ficar registrado, e é melhor usar de sinceridade. Então, aqui, diante de ti e de teu reino, eu confesso. Andei distante por falta de coragem.
      Sabe, eu não tenho sido muito correta, tenho tido lá minhas faltas, é difícil admitir. E agora, eu te dizendo isto, podes prontamente me inquirir: “Mas se sabes o que deves fazer, por que não fazes?” Fico pensando se não me acharão meio lunática, falando desse jeito com Deus e acreditar mesmo que ele vai me responder com toda essa intimidade, até me chamando de tu...
      Mas me sinto mais à vontade de falar contigo assim, como se eu estivesse agora, puxando um banco e me sentando do teu lado, tu me ouvindo e deixando eu expor minhas idéias. Eu sempre fui de falar muito, usar argumentos convincentes. Mas agora, aqui, estando ao teu lado, como um velho amigo e companheiro, as palavras me faltam. Sempre ouvi falar que és onisciente. Acho que deve ser mesmo verdade, porque diante de ti sinto-me tentada a calar-me. Começo a pensar e parece que já sabes tudo que se passa.
      De todos os teus atributos, o que mais me impressiona é a onipresença. Não sei explicar como isso acontece, mas tenho a certeza que, onde quer que eu esteja, estás ali a me orientar. Às vezes, estou tão concentrada nos assuntos do mundo material, que nem consigo entender direito as tuas dicas e me perco. Ainda assim, sinto tua presença e teu amparo. Tenho certeza que não estou sozinha. Sei que vou tomar a direção errada e arcar com as consequências, mas ainda assim, segurarás firme a minha mão e apontarás o caminho.
      Essa confiança tem sido meu leme. É ela que está me fazendo vencer o medo de chegar diante de ti e confessar que tenho sido omissa. Diante da tua onipotência, percebo o quão distante da real coragem me encontro, e caio de joelhos. Não para me humilhar, pois sei que és puro Amor e Bem e cada filho teu é o mais amado. Mas para, rente ao chão, poder reduzir o ego a um nível tão ínfimo, que minha verdadeira natureza possa finalmente se manifestar e conseguir captar tua sábia orientação.
      Para falar bem a verdade, mesmo, hoje nem precisas mandar dica nenhuma. Andei meio preguiçosa e desperdicei umas quantas oportunidades de aprendizado. Depois, com tempo, vou vasculhar nas gavetas da memória e examinar cuidadosamente o que guardei desleixadamente, tenho certeza que já será de grande valia para enfrentar estes mares revoltosos. Por agora, me contento apenas em ficar aqui, debaixo deste céu noturno, coberto de estrelas, sentindo este ventinho de início de outono, sentindo-me confortada por estar merecendo que me olhes com teu olhar amoroso.

      Obrigado, Pai, por nunca desistir de mim.
      Bel Plá.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

artigo

Qual é a medida do amor?

    “Fazer o bem sem olhar a quem”. É um ditado antigo, lembro de ouvir isso desde guria, e esta é a única forma de nos libertarmos dos apegos e construir uma cultura de paz. Quantas graças proporciona o ato de doar-se incondicionalmente ao nosso semelhante.
    Através da oração nos comunicamos e comungamos com a Grande Vida que preenche todo o Universo e com o mundo das infinitas possiblidades. Mas se ocuparmos esse momento sagrado com intenções egoísticas, concentradas em obter benefícios materiais, veremos escoar o fluxo dessa vigorosa e misteriosa força que nos impulsiona para o progresso.
    O amor é a saída para resolver todos os males, é elemento transformador, onde quer que o expressemos, os resultados serão sempre benéficos. Não há quem recuse uma palavra amiga, um abraço fraterno. “ Posso orar por ti?” Já ouviu alguém dizer: “Não, obrigado.” ? O poder milagroso de um gesto amoroso cura diversos males, desde o corpo físico, mente e alma.
E o bom é  que essa capacidade, de manifestar amor infinitamente, nós trazemos conosco, de graça. Só temos que por em funcionamento, fazer movimentar e criar as coisas belas que só o amor é capaz de proporcionar.
Há diversos níveis de manifestação de amor, todos necessários, mesmo a forma mais elementar, como o amor egocêntrico. Entre não doar amor nenhum  e fazer isso esperando recompensa ainda é melhor a segunda hipótese. O importante é não ficar estagnado nesse nível e procurar ir elevando aos poucos a magnitude. Amar quem nos faz bem, agradecer a boa vontade alheia, retribuir a gentilezas, tudo isto tem efeito positivo, mas ainda está longe do amor universal. É preciso se esforçar na prática dessas várias modalidades, buscando sempre o aprimoramento.
O amor incondicional é aquele em que não se fica buscando a própria felicidade, em que não há a preocupação em saber se estamos provocando afeição recíproca, em que não há a necessidade de merecimento pela parte que o está recebendo. Segundo Masaharu Taniguchi, “Um olhar de profundo amor faz desaparecer tudo que é imperfeito”.
Temos como modelo de amor supremo Jesus Cristo, que, na hora da agonia, tendo como companheiros de cruz dois descumpridores da lei dos homens, fitou-os com seu olhar amoroso e convidou-os a sentarem-se com ele ao lado do Pai, em sua chegada ao Paraíso. O amor vence a dureza, destrói carmas profundos, faz brotar o arrependimento. É fácil amar os bonzinhos, os íntegros, os corretos, os que não nos incomodam. Mas a verdadeira felicidade se atinge ao constatar o grande poder regenerador que só um voto de confiança é capaz de criar. “Vá e não peques mais”- são palavras proferidas em uma época remota, mas carregadas de um grande poder concretizador. Corresponde, na mesma proporção, àquela frase dita pela mãe ao pequeno que acabou de aprontar uma arte: “A mãe sabe que tu gosta de ajudar e vai arrumar tudo bem direitinho”.
Fala-se muito em como alcançar a paz, em como salvar o planeta, e esquece-se que a paz mundial é reflexo da paz individual. Que  uma nação é formada pelo somatório das mentes de cada um dos cidadãos que a compõe. A solidariedade, que é constituída pelo espírito de ajuda mútua, é um fator fundamental para mudança de atitudes.
A frase conhecida: "farinha pouca, meu pirão primeiro" , que tem regido os relacionamentos humanos em seus diversos âmbitos,  é um paradigma perfeitamente passível de ser trocado, mas para isso é exigido um esforço pessoal que gera gasto de energia. Energia esta que temos de sobra, e não nos custa nada, energia vital, que, somada a uma dose generosa de desprendimento, provoca reformas profundas e consistentes. Nas palavras do pensador e político francês Victor Hugo, “A medida do amor é amar sem medida”.
“Amai-vos uns aos outros” é a pílula com potencial para sanar uma infinidade de males e proporcionar paz, sossego e progresso espiritual e também material tanto ao que doa quanto ao que recebe. E sem efeitos colaterais e com garantia de fornecimento ininterrupto, inclusive em momentos de crise. Vamos dar as mãos?
Bel Plá, hervalense.
escritora e poeta do Centro Literário Pelotense - CLIPE