" Quando me ponho a compor frases e rimas, não sou mais eu a pensar, mas a Alma de Poeta que cisma em fazer giros no ar..."


Natureza Majestosa


"Ser Seicho-No-Ie é ser porta-voz dos ventos, das águas e dos pássaros – Vivemos tempos em que não se espera maior heroísmo do que viver com simplicidade. Os salvadores da pátria, das revistas em quadrinhos ou de filmes de Hollywood, saíram das telas e do imaginário e, hoje, desfilam pelas calçadas, anônima e silenciosamente, salvando o planeta com ges­tos simples – porque o destino do mundo está nas mãos de quem não joga lixo na rua e consome produtos menos poluentes.
Porém, disseminar o si­gni­ficado espiritual de prote­ger o ecossistema confere a pre­le­tores e dirigentes uma res­ponsabilidade a mais – tão séria quanto apaixonante. Aqueles que atuam como lí­deres em Associações Lo­cais, Regionais ou na Sede Central empunham a auto­ridade de quem cerra fileiras numa en­ti­dade reco­nhecida in­ter­na­cionalmente pelo exem­plo que dá.
Da diretriz até as pro­gramações de reuniões nos núcleos, passando pela prática pessoal de reciclagem de lixo, uso moderado da água e outras pequenas ações, tudo isso faz de nós um exército do bem, em silenciosas milícias da paz que, somadas, repre­sentam grande diferença para o planeta."

(Círculo da Harmonia jun/2007)
         Recebendo a primavera
"Quero cheirar a flor,
anseio por sentir o perfume,
o broto explodiu,
é hora de completar o ciclo da vida.
Doce primavera,
teu astral me invade
e me convida
a despertar todos meus sentidos."

Bel


Neste momento, contemplo este mundo em que vivo como sendo manifestação da admirável sabedoria de Kannon, a Deusa da Misericórdia. As estrelas que cintilam no céu são os olhos da Deusa da Misericórdia, que zela por mim.
 O vento que sussurra entre as copas das árvores, o murmúrio da águas dos riachos, esses e outros sons da Natureza são palavras que a Deusa da Misericórdia usa para se comunicar comigo. 
 Todas as forças da Natureza manifestam-se para me vivificar. O mundo em que vivo não é um mundo desconhecido para mim. Eu compreendo este mundo, e ele me compreende. Por isso, nada tenho a temer. 
 Neste momento, abasteço-me na fonte da força imanente no Universo. 
 Estou em perfeita sintonia com todas as forças do Universo, e sigo por caminhos tranqüilos, orientado pelo amor e pela sabedoria do próprio Universo. 
(trechos da Sutra em 30 capítulos para leitura diária- Seicho-No-Ie)


Na floresta não existe nem rebanho nem pastor
Quando o inverno caminha
Segue seu distinto curso como faz a primavera
Os homens nasceram escravos daquele que repudia a submissão
Se ele um dia se levanta e lhes indica o caminho
Com ele caminharão
Dá-me a flauta e canta
O canto é o pasto das mentes
E o lamento da flauta perdura mais que rebanho e pastor.

Na floresta não existe ignorante ou sábio.
Quando os ramos se agitama ninguém reverenciam.
O saber humano é ilusório
como a serração dos campos que se esvaiquando o sol se levanta no horizonte.
Dá-me a flauta e canta,
O canto é o melhor saber
E o lamento da flauta sobrevive ao cintilar das estrelas.

Na floresta só existe lembrança dos amorosos.
Os que dominaram o mundo e oprimiram e conquistaram
os seus nomes são como letras dos nomes dos criminosos.
Conquistador entre nós é aquele que sabe amar.
Dá-me a flauta e canta
E esquece a injustiça do opressor.
Pois o lírio é uma taça para o orvalho
E não para o sangue.

Na floresta não há crítico nem censor
Se as gazelas se perturbam quando avistam o companheiro
a águia não diz: que estranho.
Sábio entre nós é aquele que julga estranho apenas o que é estranho.
Ah, dá-me a flauta e canta
O canto é a melhor loucura
e o lamento da flauta sobrevive aos ponderados e aos racionais.

Na floresta não existem homens livres ou escravos.
Todas as glórias são vãs como borbulhas na água.
Quando a amendoeira lança suas flores sobre o espinheiro não diz:
“Ele é desprezível e eu sou um grande Senhor.”
Dá-me a flauta e canta
que o canto é glória autentica
E o lamento da flauta sobrevive
Ao nobre e ao vil.

Na floresta não existe fortaleza ou fragilidade
Quando o leão ruge não dizem:“Ele é temível.”
A vontade humana é apenas
uma sombra que vagueia no espaço do pensamento
e o direito dos homens fenece
como folhas de outono.
Dá-me a flauta e canta
O canto é a força do espírito
E o lamento da flauta sobrevive ao apagamento dos sóis.

Na floresta não há morte nem apuros.
A alegria não morre quando se vai a primavera.
O pavor da morte é uma quimera que se insinua no coração,
pois quem vive uma primavera é como se houvesse vivido séculos.
Dá-me a flauta e canta
O canto é o segredo da vida eterna
E o lamento da flauta permanecerá
Após findar-se a existência,

Gibran Khalil Gibran





                    Turismo Rural (Poetrix)

      Sensação de paz tamanha!...
                Em meio às árvores,
                           o self se equilibra.
Bel

A Natureza chora...

Onde fica escondida a tal de consciência?
      Essa tão exclamada consciência, que nos coloca num patamar mais elevado no caminho da evolução humana.
      Chutando quilos de santinhos e de bandeiras espalhadas pelas ruas, pelos gramados e avenidas, como se fora um triste andor caído, cidadãos rumaram até sua sessão eleitoral, numa estranha procissão.
      Papéis que foram jogados na noite anterior, para assinalar o término da campanha eleitoral, num ritual assemelhado a um carnaval ultrapassado.
      Jogados ao vento, na correnteza de uma sarjeta, fragmentos de um modelo insustentável, testemunhas incontestáveis de uma necessidade urgente de tomada de consciência.
      A natureza chora...
      ... e a alma do poeta também chora...
      Mas, não perde a esperança.

  HAIKAI 002
Gota de orvalho,
holograma na hortênsia...
macro perfeita.



Quando aceitamos as dádivas da Natureza ela sempre nos presenteia com mais do que esperávamos.
HAIKAI 001

mamãe zelosa,
a pomba na parreira
choca seus ovos.
Bel

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