Vivendo
e aprendendo
Viver é uma
experiência que acontece espontaneamente, ninguém pensa que está
vivendo ou que os próximos instantes serão exatamente desta ou
daquela forma. Não se decide que agora está na hora de respirar ou
que em um determinado local do corpo está precisando de uma dose
maior de um determinado nutriente. A Vida que anima nosso organismo
se encarrega dessa distribuição e direcionamento das forças
vitais.
Nesta fantástica
experiência que supera qualquer entendimento, temos uma parcela de
compromisso com o fazer acontecer, e isto nos é assegurado pelo
livre-arbítrio. Somos seres dotados de um nível de consciência
bastante elevado, e quando esta está um tanto quanto embotada,
ficamos envolvidos num torpor que nos dificulta uma interpretação
correta da realidade. E passamos a aceitar uma “sobrevida”,
atribuindo possíveis infortúnios à ação invasiva dos outros ou à
“vontade de Deus”, de uma forma passiva e relativamente cômoda.
Por isso precisamos
sempre de treinamentos diários, para voltar a nos maravilharmos com
as coisas que viraram banais, como olhar fundo nos olhos dos filhos,
observar a maravilha natural que é uma gota de orvalho, prestar
atenção nas pequenas gentilezas que nos fazem. Tudo isso passa
varrido se nossa mente estiver sempre atribulada, só habituada no
"ir atrás", correr atrás da máquina.
Pode parecer que
tenhamos muitos outros objetivos importantes na vida, mas qualquer um
que não seja manifestar nosso Deus interior é secundário, é
consequência. Somos Vida, somos Amor, somos Sabedoria. Somos seres
divinos, e, comportando-nos como tal, todo o mais que desejarmos vem
em acréscimo, já nos dizia o grande mestre Jesus. Nossas
experiências materiais são para o aprimoramento da nossa alma, que
precisa se polir com o atrito resultante dessas experiências,
especialmente vividas com outras pessoas.
Mas o esteio da vida
é o Amor, e ele deve ser vivido, em primeiro lugar em nosso lar.
Amar é acreditar que o outro é Bom por natureza, que pode fazer
coisas boas e cada vez melhores. É apostar no filho, incentivar
quando ele acha que não tem capacidade, elogiar quando ele acertar,
dar um tempo útil ao filho, mesmo que por pouco tempó, que seja
verdadeiramente com ele, no futuro ele vai precisar dessas horas que
passou com o pai ou com a mãe como incentivo à coragem e
autoconfiança. Quando o mundo lhe disser: -Não consegues, de dentro
vai vir a certeza: -Vai, que dá! eu acredito em ti!
Bel Plá