" Quando me ponho a compor frases e rimas, não sou mais eu a pensar, mas a Alma de Poeta que cisma em fazer giros no ar..."


domingo, 11 de março de 2012

artigo


Vivendo e aprendendo


Viver é uma experiência que acontece espontaneamente, ninguém pensa que está vivendo ou que os próximos instantes serão exatamente desta ou daquela forma. Não se decide que agora está na hora de respirar ou que em um determinado local do corpo está precisando de uma dose maior de um determinado nutriente. A Vida que anima nosso organismo se encarrega dessa distribuição e direcionamento das forças vitais.
Nesta fantástica experiência que supera qualquer entendimento, temos uma parcela de compromisso com o fazer acontecer, e isto nos é assegurado pelo livre-arbítrio. Somos seres dotados de um nível de consciência bastante elevado, e quando esta está um tanto quanto embotada, ficamos envolvidos num torpor que nos dificulta uma interpretação correta da realidade. E passamos a aceitar uma “sobrevida”, atribuindo possíveis infortúnios à ação invasiva dos outros ou à “vontade de Deus”, de uma forma passiva e relativamente cômoda.
Por isso precisamos sempre de treinamentos diários, para voltar a nos maravilharmos com as coisas que viraram banais, como olhar fundo nos olhos dos filhos, observar a maravilha natural que é uma gota de orvalho, prestar atenção nas pequenas gentilezas que nos fazem. Tudo isso passa varrido se nossa mente estiver sempre atribulada, só habituada no "ir atrás", correr atrás da máquina.
Pode parecer que tenhamos muitos outros objetivos importantes na vida, mas qualquer um que não seja manifestar nosso Deus interior é secundário, é consequência. Somos Vida, somos Amor, somos Sabedoria. Somos seres divinos, e, comportando-nos como tal, todo o mais que desejarmos vem em acréscimo, já nos dizia o grande mestre Jesus. Nossas experiências materiais são para o aprimoramento da nossa alma, que precisa se polir com o atrito resultante dessas experiências, especialmente vividas com outras pessoas.
Mas o esteio da vida é o Amor, e ele deve ser vivido, em primeiro lugar em nosso lar. Amar é acreditar que o outro é Bom por natureza, que pode fazer coisas boas e cada vez melhores. É apostar no filho, incentivar quando ele acha que não tem capacidade, elogiar quando ele acertar, dar um tempo útil ao filho, mesmo que por pouco tempó, que seja verdadeiramente com ele, no futuro ele vai precisar dessas horas que passou com o pai ou com a mãe como incentivo à coragem e autoconfiança. Quando o mundo lhe disser: -Não consegues, de dentro vai vir a certeza: -Vai, que dá! eu acredito em ti!
Bel Plá