" Quando me ponho a compor frases e rimas, não sou mais eu a pensar, mas a Alma de Poeta que cisma em fazer giros no ar..."


segunda-feira, 18 de julho de 2011

Cheiros mornos da infância.

No centro da cozinha,
aquecida pelas labaredas da lareira
e embalada pelo som das vozes
dos personagens do meu seriado preferido ,
deleitava-me nas águas mornas do velho  bacião.
Mornas como o cuidado da minha mãe...
O tempo passou
e minhas pernas cresceram...
Passei a usar o chuveiro
e a velha bacia de alumínio, desbeiçada,
se foi para a beira do tanque,
a por roupas a quarar.
Aquele cheirinho morno
de espuma e braseiro
vez por outra me assombra...