" Quando me ponho a compor frases e rimas, não sou mais eu a pensar, mas a Alma de Poeta que cisma em fazer giros no ar..."


quinta-feira, 10 de março de 2011

RESENHA - Jesus, o filho do homem


Um livro emocionante, escrito por Gibran Khalil Gibran, o poeta do Líbano, onde ele nos leva a construir um perfil de Jesus de Nazaré a partir dos relatos das pessoas que o conheceram e chegaram a conviver com ele, seja apenas por uma única vez, como foi o caso de Simão Cirene, o homem que carregou a cruz.
      “Agora, o homem cuja cruz eu carreguei tornou-se minha cruz. Se me dissessem novamente: ‘ Carrega a cruz desse homem’, eu a carregaria até que meu caminho terminasse no túmulo. Mas eu Lhe pediria que colocasse Sua mão sobre meu ombro.”
      Ele escreve na visão de um repórter que teria vivido na época de Jesus e teria entrevistado cada uma das pessoas que o conheceu ou que conviveu com ele. Somos conduzidos a acompanhar entrevista após entrevista... Uma inspiração de arrepiar, tem  trechos que são emocionantes, tu lê  e jura que realmente a pessoa contou aquelas coisas para ele.
      Neste livro, Gibran expõe sua profunda paixão por Jesus, o Nazareno, onde ele o apresenta não com  a visão comum de um homem manso, humilde e passivo, historicamente  transmitida, mas sim como o revolucionário e corajoso amigo dos fracos e aliado dos oprimidos. Sua redatora, Bárbara Young, relata o êxtase físico, emocional e espiritual com que o autor entregou-se  a esse trabalho.
São relatos  fortes, fundamentados nas passagens dos  Evangelhos , ao mesmo tempo com um conteúdo extremamente poético, tornando a leitura fascinante. Gibran nos traz, a cada relato, um Jesus real, cheio de emoção e vida, e o aproxima um pouco mais de nós.
      “Ele era uma montanha em chamas na noite, e era também um ligeiro brilho além das colinas. Era uma tempestade no céu, e era também um murmúrio na névoa da aurora. Era uma torrente jorrando das alturas às planícies para destruir todas as coisas em seu caminho. E era como a risada das crianças.” Raquel, uma discípula.

Bel