" Quando me ponho a compor frases e rimas, não sou mais eu a pensar, mas a Alma de Poeta que cisma em fazer giros no ar..."


segunda-feira, 25 de abril de 2011

artigo

Qual é a medida do amor?

    “Fazer o bem sem olhar a quem”. É um ditado antigo, lembro de ouvir isso desde guria, e esta é a única forma de nos libertarmos dos apegos e construir uma cultura de paz. Quantas graças proporciona o ato de doar-se incondicionalmente ao nosso semelhante.
    Através da oração nos comunicamos e comungamos com a Grande Vida que preenche todo o Universo e com o mundo das infinitas possiblidades. Mas se ocuparmos esse momento sagrado com intenções egoísticas, concentradas em obter benefícios materiais, veremos escoar o fluxo dessa vigorosa e misteriosa força que nos impulsiona para o progresso.
    O amor é a saída para resolver todos os males, é elemento transformador, onde quer que o expressemos, os resultados serão sempre benéficos. Não há quem recuse uma palavra amiga, um abraço fraterno. “ Posso orar por ti?” Já ouviu alguém dizer: “Não, obrigado.” ? O poder milagroso de um gesto amoroso cura diversos males, desde o corpo físico, mente e alma.
E o bom é  que essa capacidade, de manifestar amor infinitamente, nós trazemos conosco, de graça. Só temos que por em funcionamento, fazer movimentar e criar as coisas belas que só o amor é capaz de proporcionar.
Há diversos níveis de manifestação de amor, todos necessários, mesmo a forma mais elementar, como o amor egocêntrico. Entre não doar amor nenhum  e fazer isso esperando recompensa ainda é melhor a segunda hipótese. O importante é não ficar estagnado nesse nível e procurar ir elevando aos poucos a magnitude. Amar quem nos faz bem, agradecer a boa vontade alheia, retribuir a gentilezas, tudo isto tem efeito positivo, mas ainda está longe do amor universal. É preciso se esforçar na prática dessas várias modalidades, buscando sempre o aprimoramento.
O amor incondicional é aquele em que não se fica buscando a própria felicidade, em que não há a preocupação em saber se estamos provocando afeição recíproca, em que não há a necessidade de merecimento pela parte que o está recebendo. Segundo Masaharu Taniguchi, “Um olhar de profundo amor faz desaparecer tudo que é imperfeito”.
Temos como modelo de amor supremo Jesus Cristo, que, na hora da agonia, tendo como companheiros de cruz dois descumpridores da lei dos homens, fitou-os com seu olhar amoroso e convidou-os a sentarem-se com ele ao lado do Pai, em sua chegada ao Paraíso. O amor vence a dureza, destrói carmas profundos, faz brotar o arrependimento. É fácil amar os bonzinhos, os íntegros, os corretos, os que não nos incomodam. Mas a verdadeira felicidade se atinge ao constatar o grande poder regenerador que só um voto de confiança é capaz de criar. “Vá e não peques mais”- são palavras proferidas em uma época remota, mas carregadas de um grande poder concretizador. Corresponde, na mesma proporção, àquela frase dita pela mãe ao pequeno que acabou de aprontar uma arte: “A mãe sabe que tu gosta de ajudar e vai arrumar tudo bem direitinho”.
Fala-se muito em como alcançar a paz, em como salvar o planeta, e esquece-se que a paz mundial é reflexo da paz individual. Que  uma nação é formada pelo somatório das mentes de cada um dos cidadãos que a compõe. A solidariedade, que é constituída pelo espírito de ajuda mútua, é um fator fundamental para mudança de atitudes.
A frase conhecida: "farinha pouca, meu pirão primeiro" , que tem regido os relacionamentos humanos em seus diversos âmbitos,  é um paradigma perfeitamente passível de ser trocado, mas para isso é exigido um esforço pessoal que gera gasto de energia. Energia esta que temos de sobra, e não nos custa nada, energia vital, que, somada a uma dose generosa de desprendimento, provoca reformas profundas e consistentes. Nas palavras do pensador e político francês Victor Hugo, “A medida do amor é amar sem medida”.
“Amai-vos uns aos outros” é a pílula com potencial para sanar uma infinidade de males e proporcionar paz, sossego e progresso espiritual e também material tanto ao que doa quanto ao que recebe. E sem efeitos colaterais e com garantia de fornecimento ininterrupto, inclusive em momentos de crise. Vamos dar as mãos?
Bel Plá, hervalense.
escritora e poeta do Centro Literário Pelotense - CLIPE

quarta-feira, 20 de abril de 2011

18 de abril- Dia do Livro Infantil - dia de Monteiro Lobato



José Bento Monteiro Lobato nasceu a 18 de abril de 1882 —mas jurava de pé junto ter nascido em 1884— na cidade de Taubaté.
Filho do fazendeiro José Bento Marcondes Lobato e de dona Olímpia Augusta Monteiro Lobato, ele foi, além de inventor e maior escritor da literatura infanto-juvenil brasileira, um dos personagens mais interessantes da história recente desse país.

Grande parte da literatura de Monteiro Lobato sempre foi direcionada aos leitores pequeninos. Produziu durante toda sua carreira literária 26 títulos destinados ao público infantil. É um dos mais importantes escritores da literatura infanto-juvenil da América Latina e também do mundo.

A maioria das histórias de seus livros infantis se passavam no Sítio do Picapau Amarelo, um sítio no interior do Brasil, tendo como uma das personagens a senhora dona da fazenda Dona Benta, seus netos Narizinho e Pedrinho e a empregada Tia Nastácia. Esses personagens foram complementados por entidades criadas ou animadas pela imaginação das crianças na história: a boneca irreverente Emília e o aristocrático boneco de sabugo de milho Visconde de Sabugosa, a vaca Mocha, o burro Conselheiro, o porco Rabicó e o rinoceronte Quindim.
No entanto, as aventuras na maioria se passam em outros lugares: ou num mundo de fantasia inventados pelas crianças, ou em histórias contadas por Dona Benta no começo da noite. Esses três universos são interligados para a histórias e lendas contadas pela avó naturalmente se tornarem cenário para o faz-de-conta, incrementado pelo dia-a-dia dos acontecimentos no sítio.
 "Um país se faz com homens e livros"

Monteiro Lobato

 
Dicas dos seguidores do Tweeter da Biblioteca Nacional, no Dia Internacional do Livro Infantil . Muito válida:

Maria Clara Machado, Monteiro Lobato, Pedro Bandeira, Cecília Meireles, Olavo Bilac, Ganymedes José, Marcos Rey
JK Rowling, Jostein Gaarder, Andrew C. Andry, Maurice Druon, Antoine de Saint-Exupéry, Quino, Júlio Verne
Mauricio de Sousa, Ruth Rocha, Mario Quintana, José Mauro de Vasconcellos
Hans Christian Andersen (“O Patinho Feio”, “O Soldadinho de Chumbo”, “A Pequena Sereia”)

Bons hábitos de leitura se cultivam desde criancinha!

domingo, 17 de abril de 2011

Vamos combinar?


Por favor, se quizeres ser meu amigo, não me faças desfeita: não me leves muito a sério.
       O que há de mais sério para ser encarado em mim é a minha alegria.
       Não intentes subtraí-la, sob a pena de manteres sob teu jugo apenas um perfil estereotipado. Minha alma já estará bem longe, a salvo das nefastas influências, ocupada em fazer a vida valer a pena...