Como um vulto no escuro,
ela chega em silêncio,
tranquila, como se não fosse
triste...
sedosa, como se não fosse
fria...
Tal qual uma mulher,
ela chega de repente,
manhosa...
cheirosa...
como se não fosse áspera.
Imitando os acordes de um violino,
o esplendor das flores,
a maciez das plumas...
ela chega palpitante,
sussurrante...
como se ouvi-la,
vê-la,
e senti-la,
nâo provocasse espanto.
Ela chega com a ternura das crianças,
sorrindo,
acariciando,
beijando...
e quem está sozinho,
recebe-a,
como se esta vinda
não provocasse dores.
Bel